Trump ordena ataques aéreos à capital do Iêmen, reforçando a determinação dos Estados Unidos em conter ameaças à segurança marítima e à estabilidade na região.
Neste sábado, 15 de março de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou ataques aéreos de grande escala contra alvos na capital do Iêmen, Sanaa, controlada pelos rebeldes Houthis, um grupo armado apoiado pelo Irã. A ofensiva teve como objetivo enfraquecer as capacidades militares dos Houthis e assegurar a liberdade de navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, regiões estratégicas para o comércio global.
Contexto dos ataques
Sobretudo, os ataques ocorreram após os Houthis ameaçarem retomar bombardeios a navios israelenses que transitam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden. Essas vias marítimas são cruciais para o comércio internacional, conectando a Europa, a Ásia e o Oriente Médio, e respondem por aproximadamente 15% do comércio global. Afinal a instabilidade nessa região representa uma ameaça significativa à economia mundial.
Então, em resposta às ameaças, o presidente Trump afirmou que os Estados Unidos usariam “força letal e esmagadora” até que os Houthis cessassem os ataques a embarcações ao longo desse corredor marítimo. Em suas redes sociais, Trump declarou que “bravos combatentes estão nesse momento realizando ataques aéreos às bases, lideranças e defesas antimísseis dos terroristas, para proteger os ativos aéreos, marítimos e navais americanos e restaurar a liberdade de navegação”.
Ele enfatizou que nenhuma força terrorista impediria que navios comerciais e navais americanos navegassem livremente pelas hidrovias mundiais.
Os Houthis e seu papel no conflito iemenita
Os Houthis, oficialmente conhecidos como Ansar Allah, são um movimento rebelde xiita zaidita originário da província de Saada, no norte do Iêmen. Fundado na década de 1990, o grupo ganhou destaque em 2014 ao tomar a capital, Sanaa, e depor o governo internacionalmente reconhecido.
Desde então, os Houthis têm controlado grande parte do norte do país, incluindo áreas estratégicas.
O grupo é conhecido por seu slogan: “Morte à América, Morte a Israel, Maldição sobre os Judeus e Vitória ao Islã”. Essa retórica antiocidental e anti-Israel reflete a ideologia do movimento e suas alianças regionais. Os Houthis têm demonstrado capacidades militares significativas, incluindo o uso de mísseis balísticos e drones em ataques contra países vizinhos, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Apoio do Irã aos Houthis
O Irã tem sido acusado de fornecer apoio financeiro, militar e logístico aos Houthis, embora Teerã negue oficialmente essas alegações. Analistas acreditam que o apoio iraniano tem sido crucial para o desenvolvimento das capacidades militares dos Houthis, permitindo-lhes obter e aprimorar mísseis balísticos e drones avançados. Essa assistência tem ampliado o alcance e a eficácia dos ataques dos Houthis, afetando a estabilidade regional.
Importância estratégica do Golfo de Áden e do Mar Vermelho
O Golfo de Áden e o Mar Vermelho são corredores marítimos de importância vital para o comércio global. Eles conectam o Oceano Índico ao Mar Mediterrâneo através do Canal de Suez, servindo como rotas principais para o transporte de petróleo, gás natural e mercadorias entre a Ásia, a Europa e o Oriente Médio.
A segurança nessas vias é essencial para a estabilidade econômica mundial.
A ameaça de ataques a navios comerciais por grupos como os Houthis pode elevar os custos de seguro, desviar rotas comerciais e aumentar os preços globais de commodities. Portanto, garantir a segurança e a liberdade de navegação nessas áreas é uma prioridade para as potências mundiais.
Reações internacionais e possíveis desdobramentos
A ofensiva americana gerou reações diversas na comunidade internacional. Enquanto alguns países apoiam as ações dos EUA visando a estabilidade e a segurança marítima, outros expressam preocupação com a escalada do conflito e o aumento das tensões regionais.
O Irã condenou os ataques e reiterou seu apoio aos Houthis, aumentando o temor de um confronto direto entre Washington e Teerã. Especialistas alertam que a intensificação das hostilidades no Iêmen pode agravar a crise humanitária no país, que já enfrenta uma das piores situações do mundo, com milhões de pessoas necessitando de assistência urgente.
A decisão do presidente Donald Trump de ordenar ataques aéreos à capital do Iêmen, Sanaa, visando os Houthis, destaca a complexidade e a volatilidade do cenário geopolítico no Oriente Médio.</span> O envolvimento de potências regionais e globais, as rivalidades sectárias e a importância estratégica das rotas marítimas tornam o conflito iemenita uma questão central para a segurança internacional.
Por fim, a comunidade internacional enfrenta o desafio de buscar soluções diplomáticas que promovam a paz e a estabilidade, ao mesmo tempo em que assegurem a proteção dos interesses econômicos globais e aliviem o sofrimento do povo iemenita.
Fique sempre bem informado com as últimas notícias do mundo, política e tecnologia! Acesse nossa categoria de notícias e acompanhe os acontecimentos que impactam sua vida, desde atualizações geopolíticas até inovações tecnológicas que moldam o futuro. Clique aqui e não perca nenhuma novidade!